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Gustavo Gasparani, a versatilidade em pessoa

Gustavo Gasparani, a versatilidade em pessoa

 

Gustavo Gasparani é de Gêmeos, casa 3 da Comunicação, regida por Mercúrio. Mercúrio é um dos planetas mais versáteis e influentes, representando a comunicação, a inteligência e a forma como processamos informações. Dessa forma, ele interfere na maneira como expressamos nossos pensamentos, como aprendemos e como nos comunicamos com o mundo ao nosso redor.

Por conta do signo pode até ser, mas é o seu talento, conhecimento, trabalho e dedicação nas artes performáticas – canta, dança, representa, escreve, dirige – que faz desse carioca, nascido em Botafogo e criado no Leblon, atravessar fronteiras e integrar tudo na sua produção seja ela teatro, show, programas de TV e como passista da Estação Primeira de Mangueira.

Influência rural

Gustavo conta da enorme influência que sofreu das férias passadas na fazenda da família em São Paulo. “Até 17 anos pensei em ser veterinário. Ao contrário de ficar na piscina, acordava às quatro da manhã e ia para os estábulos trabalhar. Meu melhor amigo era o filho do gerente da Fazenda”, conta Gustavo.

Esse contato tão próximo, tão real foi o que emergiu na obra “Bem Sertanejo”, a jóia musical estrelada por Michel Teló com as maiores e lindas canções que retratam o Brasil profundo, rural.

Gustavo lembra que ter estudado no Colégio Andrews foi decisivo para fazer teatro. “O Andrews foi importante na confirmação do meu desejo. Desde os três anos minha avó me levava ao teatro. Eu comecei a fazer teatro antes de aprender a escrever, a nadar ou outra língua. No primeiro ano Científico, eu estava com 14 anos e pude entrar no teatro do Andrews, onde o Miguel Falabella dava aula. Minha turma era especialmente inspirada, muitos deles são pessoas bem -sucedidas.”

Faziam parte dessa turma Drica Moraes, Marcelo Olinto e Bel Garcia, seus sócios na Companhia dos Atores. Também Cesar Augusto que era do Princesa Isabel, mas vivia no Andrews. Marisa Monte também foi contemporânea junto com Edgar Amorim, Felipe Martins, Solange Padilha, Luciana Braga, que mesmo mais à frente continuam próximos.

Capacidade de misturar

A proximidade com o popular, a paixão pelo samba, pelo Brasil, pela música, pelo teatro fizeram de 2023 um ano exemplar de um carreira de 42 anos, cujos sucessos sempre foram trazer à tona essa capacidade de misturar. Enquanto Otelo da Mangueira trouxe a tragédia ao dia-a-dia da favela, este ano “Julio Cesar – Vidas Paralelas”, transforma o texto em um manifesto pelas dificuldades de relacionamento em todos os quadrantes.

“Ricardo III” em que Gustavo representa em solo a tragédia shakespeareana esse ano foi substituída por “Como Posso Não Ser Montgomery Clift?”, do dramaturgo espanhol Alberto Conejero López que, a partir dos dramas pessoais do astro hollywoodiano, retrata, em uma interpretação emblemática, os conflitos do artista na carreira, na homossexualidade, na relação com a mãe, tudo aquilo que se deseja revelar e há que se esconder.

Com mais de 60 espetáculos como ator, autor, diretor, produtor e escritor, com formação em canto e dança, Gustavo Gasparani ganhou muitos, muitos prêmios, em 2023 também dirigiu o Premio Inspira Rio da Band News e o novo show de Fafá de Belém, “A filha do Brasil’. Gustavo traz, em si, as raízes que o fazem esse artista Rei Midas, pois tudo o que toca vira mais do que sucesso. São trabalhos que se tornam memoráveis, pelo cuidado em cada detalhe.

E como sempre é a plateia que ganha presentes de Gustavo, em junho, teremos a volta de Vozes negras – a força do canto feminino, o espetáculo que mais uma vez ousou, ao nos apresentar em seis capítulos a presença das mulheres na música brasileira. E que venham mais projetos, Ricardo, e que você continue a ser aquele artista que une o melhor de dois mundos: arte/cultura e valores brasileiros.

 

Post original através de https://www.correiodamanha.com.br/cultura/teatro/2023/12/107727-gustavo-gasparani-a-versatilidade-em-pessoa.html:

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