A novela do viaduto da Leste Oeste, um teatro municipal esquecido, uma luta por um contorno leste, a espera pelo ILS, o ginásio entregue sem piso – CBN Londrina

Os dados do Censo 2022 foram apresentados só final de junho deste ano pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).  Londrina passou de 506.701 habitantes em 2010 para 555.937 pessoas. Em números absolutos, o crescimento foi de 49.236 habitantes. O crescimento populacional de Londrina nos últimos 12 anos foi de 9,7%.

Com o crescimento da cidade, cresce a demanda por obras públicas, a maior delas em execução pela prefeitura tomou conta do noticiário.

A entrega estava prevista para janeiro de 2023, faltando poucos dias pro final do ano, só na última sexta-feira foi entrega da parte de cima do viaduto, com um rotatória remodelada. Já entrega total será só em abril de 2024. Além do prazo maior, a obra ficou mais cara e pulou de R$ 26 para R$ 35 milhões.

Uma obra pública do governo do Estado com atraso é a duplicação da PR-445. O trecho entre Tamarana e Mauá da Serra é esperado há décadas pela população do norte do Estado.  A duplicação de 27 quilômetros deveria ter começado em 2022, mas o cronograma para esse trecho específico ficou travado por conta de impasses envolvendo a execução da obra.

Fechado por três anos, outro equipamento público foi bastante bem aguardado pela população. O Ginásio de Esporte Moringão novinho em folham foi entregue em maio com investimento de R$ 3,6 milhões com nova cobertura metálica, climatização e foi recebido em grande estilo com show de Roberto Carlos.

Já os eventos esportivos estão de fora da estrutura do Moringão até hoje. O piso de madeira que custou R$ 1 milhão foi entregue e em menos de um de um mês apresentou deformidades, com vão entre as placas e terá que ser trocado.

Uma nova licitação foi aberta para compra e troca do piso do ginásio deve ficar para 2024.

Se o Moringão completo ficará para 2024, outras reivindicações seguem incertas mesmo com muita movimentação política e de representantes de entidades do setor produtivo.

A CCR Aeroportos anunciou investimentos de R$ 187 milhões em obras no terminal. A euforia dos primeiros momentos, logo deu lugar à preocupação. Isso porque foi revelado que órgão da Força Aérea Brasileira não previa o ILS para o Aeroporto de Londrina. Membros do governo correram à Brasília para reverter a situação. Coube ao secretário Sandro Alex, tentar pacificar o tema. 

Outra luta constante foi a inclusão do Contorno Leste entre as obras previstas como responsabilidade da futura concessionária de pedágio. A ideia é unir a PR-445 em trecho de 20 quilômetros até a BR-369 em Ibiporã.   

O ano não foi só de obras inacabadas ou incertas . A boa notícia chegou de helicóptero com a inauguração da nova sede do SAMU, ampliando a infraestrutura para atendimento de emergência na região. Ainda teve a entrega do Terminal do Ouro Verde, na zona norte e reforma completa da Maternidade Municipal.

Já a revitalização do Anfiteatro de Zerão ficou a ver navios em 2023.  Um projeto frustrado, por conta da falta de recursos, e foi tema do Cidade em Pauta, Com Gelson Negrão.

Na Cultura, o Teatro Municipal segue esquecido pelas autoridades. O líder da bancada do Paraná, na Câmara simplesmente deixou na gaveta a emenda que poderia colocar R$ 50 milhões no orçamento de 2024 para retomar a obra que virou um elefante branco.

Após longo período de pandemia, Londrina comemorou a volta de shows e eventos. O Carnaval de rua atraiu uma multidão para o Jardim Botânico, turnês de vários gêneros voltaram para cidade como: Além do Rei Roberto Carlos, teve Chitãozinho e Xororó, Nx Zero, Tiaguinho e Zé Ramanho, além do tantos outros shows na ExpoLondrina e de artistas locais com a volta dos festivais. O Estádio da Café recebeu a turnê de despedida dos Titãs. ….sobe som. “Pra Dizer, pra dizer jamais”

No fim do ano, novamente as luzes de Natal com a árvore no lago e um concurso de decoração voltou a encher a cidade de beleza e alegria….com a passarela onde turistas e londrinenses atravessam 2023 até 2024, na esperança de um ano melhor.

Com a colaboração de Claudia Lima, Diego Silvestre, Guilherme Batista, Juliana Takaoka, Marcos Garrido, e dos estagiários Guilherme Prado e Pedro Soares, e sonorização de Jhony Bueno.