Itaú Cultural realiza 6ª edição de a_ponte: cena do teatro universitário, com seis espetáculos, ações formativas, publicação e lançamento de edital – Cultura
Itaú
Cultural apresenta de 23 e 27 de janeiro (terça-feira a sábado) a 6ª edição de a_ponte
– cena do teatro universitário, programação com a proposta de renovar a
cena teatral do país, diluir fronteiras e aproximar estudantes que se dedicam a
essa arte. De volta ao formato presencial, reúne, neste ano, seis espetáculos
vindos de todas as regiões, bate-papos com artistas e especialistas acerca das
peças, e uma conversa voltados à experiência dos festivais de teatro estudantil
Vamos que Venimos e Velha Joana.
A
programação também dá luz à pesquisa acadêmica nas artes cênicas e recebe os
estudantes contemplados na 3ª edição do edital a_ponte, realizado em
2023, para apresentarem seus trabalhos de conclusão de curso e pesquisas
estudantis em artes cênicas selecionados neste chamamento. Todos os trabalhos
integrarão a publicação online Pontilhados: pesquisas da cena universitária,
que será disponibilizada no site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br
a partir do dia 23, quando também serão abertas as inscrições para a 4ª edição do edital de seleção de TCCs e pesquisas estudantis
em artes cênicas (cursos superiores e técnicos).
No palco
A
programação artística da 6 ª edição de a_ponte conta com a apresentação
de seis espetáculos ao longo dos cinco dias de mostra. Todas as apresentações
são seguidas do bate-papo Pulsações, reunindo artistas e público em uma
conversa, com a proposta de refletir e partilhar ideias sobre o que foi
apresentado. A mediação será alternada entre e jornalista e performer Maria
Fernanda Vomero e o ator e professor Judson Forlan.
A mostra
deste ano abre no dia 23 (terça-feira), às 20h, com Figueiredo, novo
espetáculo do ator Pedro Vilela, convidado para fazer sua estreia no Brasil
dentro da programação, depois de apresentado pela primeira vez em Portugal, em
2023. Nesta conferência performativa, Vilela transita entre a história e a
memória do Brasil no que diz respeito ao genocídio indígena no país, uma
política de destruição que remete ao acontecido em 1500.
O ponto
de partida é o Relatório Figueiredo, documento que ficou oculto por mais de 40
anos e que traz a conclusão das investigações da Comissão de Inquérito
instaurada no Brasil em julho de 1967 para apurar as irregularidades no Serviço
de Proteção aos Índios – orgão estatal responsável pela execução da política
indigenista brasileira entre 1910 e 1967. Após a apresentação, o público é
convidado a participar de Pulsações, um bate-papo com o ator Pedro
Vilela mediado pela jornalista e performer Maria Fernanda Vomero.
Na
quarta-feira, dia 24, no mesmo horário, o palco da Sala Itaú Cultural será do
espetáculo Sobre o velho novo costume, do Coletivo Inversão, que
atua na cidade de Primavera do Leste, no Mato Grosso, reconhecida pela força
das escolas de teatro. Em cena, um grupo de jovens
estudantes da Escola Municipal de Teatro – Sistema Faces de Ensino da cidade de
Primavera do Leste, questiona a possibilidade de criar novos costumes a
partir da trama de um menino que aceita ir a uma
expedição de estudantes, para buscar remédios e salvar a vida de sua mãe. A
tradição de seu povo, no entanto, diz que se um dos membros da expedição ficar
doente, deverá ser jogado do precipício, para morrer e não atrapalhar a
caminhada.
No feriado do dia 25 de janeiro (quinta-feira), quando se comemora o
aniversário da cidade de São Paulo, a programação acontece às 19h, com ORI – O Sentido de Reexistir, espetáculo do grupo catarinense
Teatro em Trâmite. Em busca de um caminho em meio ao caos, o espetáculo se
propõe a fortalecer o espírito e apaziguar a mente, lembrando que o corpo tem
origens e que a fé é uma ora(ação) de resistência. No palco, o ator Thiago
Ferrugem mergulha na ancestralidade para reforçar que a cultura brasileira é
firmada na união de povos marginalizados, em uma luta de sobrevivência que
perpassa os séculos.
Representando
a região Norte, o espetáculo A Cabeça De Tereza, com a atriz Jam Soares,
de Rondônia, é o convidado da sexta-feira, dia 26, às 20h. A trama se passa no
ano de 2035, quando a defensora pública e ativista dos direitos humanos Tereza
Sankofa se torna uma foragida procurada pelo regime antidemocrático Estado
Fundador, que determina pena de morte por decapitação a quem desobedecer a três
fundamentos: as pessoas não brancas não podem exercer funções de poder, é
proibido qualquer incentivo de rebeldia contra o Estado Fundador, e o terceiro
é que lembrar é um ato subversivo.
O último
dia da programação acontece no sábado, 27, com duas apresentações. Às 16h, na
Sala Vermelha do Itaú Cultural, a atriz carioca Natalia Amoreira apresenta Evangelho
da Terra Segundo a Serpente – Porque o Esquecimento é Como nos Matar Novamente:
Conferência Performance. Fruto do trabalho de conclusão da atriz na
graduação em artes cênicas, o trabalho reúne artes visuais, literatura, música
e teatro, para abordar sob diferentes perspectivas as milhares de mortes de
mulheres por todo o mundo. Para tanto, traça um arco cronológico que passa por
Noé e pela ditadura militar brasileira, numa denúncia profunda da morte, que é
ao mesmo tempo um jogo cênico oracular e uma celebração da vida.
Às 20h, o
Bando Jaçanã, de São Paulo, sobe ao palco da Sala Itaú Cultural com Sankofa
– Cantando e Recontando Histórias do Cangaço e da Jova. Na trama, dirigida
por Antonia Mattos, sankofa é um pássaro de duas
cabeças que conta histórias com o olhar para o passado e para o presente
recente, ligando sertão e periferia numa encruzilhada do tempo. É assim que se
irá conhecer as cangaceiras e cangaceiros que atravessaram o raso da Catarina e
se encantaram em Angicos, e também os moradores da Jova Rural e dos morros ao
redor, jovem bairro da periferia da Zona Norte.
Formação:
cena e edital
A
formação é o ponto central das atividades que seguem em paralelo à programação
artística da 6ª edição de a_ponte, que conta ainda com lançamento de
edital.
No dia 24
(quarta-feira), às 10h, acontece o primeiro de quatro encontros da série Comunicação
Oral, que conta com a apresentação dos Trabalhos de Conclusão de Cursos
selecionados no 3º edital de a_ponte, realizado em 2023. Com mediação do
educador, pesquisador e artista da dança e do teatro
Kleber Lourenço, tem como tema Processos criativos e materialidades
e reúne os estudantes Aline Xavier de Oliveira
e Ana Cecilia Kresch Borba (Universidade de Brasília), Nathalia Mendes de
Aguiar (Universidade Federal do Maranhão) e Rayssa Regina Sousa Pires
(Universidade Federal de Goiás) e Lilian Barbosa de Sousa Gomes (Universidade
de São Paulo).
Às 15h, sob o título Processos contra-hegemônicos, a Comunicação oral 2 conta com a participação de
Daniel Vianna Godinho Peria (Universidade de São Paulo), Laís Costa e Silva
(Universidade do Estado de Santa Catarina), Rafael Woss Correa (Universidade
Federal do Acre) e Wesley Goulart Coutinho (Universidade Federal de Pelotas). A
mediação é do professor Vicente Concilio.
Pedagogias é o tema da Comunicação oral 3,
que acontece na quinta-feira, 25, às 10h, mediada pela jornalista e performer
Maria Fernanda Vomero e com a presença dos estudantes contemplados Ana Beatriz
de Andrade Cangussu Lima (Universidade de São Paulo), George Ritter Rocha
Almeida (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), Laís Jacques
Marques (Universidade Federal de Santa Maria), Maria Cristina Ferreira
(Universidade Estadual do Paraná) e Túlio Fernandes Silveira (Universidade do
Estado de Santa Catarina). Por fim, às 15h, com a professora Renata Pimentel
mediando a Comunicação oral 4 – Autoficção, Escrevivências, Dramaturgias,
com a participação de Alessandra Augusta Lima dos Santos (Universidade
Federal do Rio Grande do Norte), André Davi Rodrigues Sátiro (Universidade
Federal de Campina Grande), Carlos Augusto Higuti Becker (Universidade Estadual
do Paraná), Kai Henrique Silva Fernandes (Universidade Federal do Amapá) e
Renata Cristina Ferreira Silva da Paz (Universidade Federal de Minas Gerais).
Entre as
ações formativas, acontece, ainda, no dia 26 (sexta-feira), às 16h, a mesa Experiências
de festivais de teatro com adolescentes e jovens com Vamos que Venimos e Velha
Joana. Com mediação de Carlos Gomes, coordenador de artes cênicas dentro da
área de curadorias e programação artística do Itaú Cultural, o debate tem a
participação de Lígia Helena e Paulo Gircys, representantes de Vamos que
Venimos, que integra a RED VQV, rede latino-americana
de festivais de teatro adolescente fundada em 2009, e Wanderson Lana,
representante do Festival Velha Joana, realizado desde 2007 na cidade de
Primavera do Leste, no Mato Grosso. A proposta é criar um espaço de reflexão
sobre as formações cênicas.
Todos
estes trabalhos de conclusão de curso e pesquisas estudantis em artes cênicas
selecionados neste chamamento integrarão a publicação online Pontilhados:
pesquisas da cena universitária, que será disponibilizada no site do Itaú
Cultural www.itaucultural.org.br a partir do dia 23.
Neste mesmo dia abrem as inscrições para a 4ª edição
do edital de seleção de TCCs e pesquisas estudantis em artes cênicas
(cursos superiores e técnicos).
MINI BIOS DOS CONVIDADOS
ESPETÁCULOS
23 de janeiro (terça-feira)
|
20h
Espetáculo Figueiredo
Com Pedro Vilela (PE)
Pedro
Vilela é ator, encenador e programador. Desde
2015 desenvolve a TREMA!, plataforma que atualmente conecta Brasil e Portugal,
através da realização de seu festival, da publicação de uma revista e das
criações do artista.
24 de janeiro (quarta-feira)
|
20h
Espetáculo Sobre o velho novo costume
Com Coletivo Inversão (MT)
O
Coletivo Inversão é uma turma da Escola Municipal de Teatro em Primavera
do Leste/MT, composta por alunos inscritos nas aulas gratuitas oferecidas pela
Escola, sob a realização da Prefeitura Municipal. Integrando tanto aulas
presenciais como online, o grupo visa elevar a experiência teatral através do
espetáculo Sobre o velho novo costume. A proposta é estreitar
conexões com participantes de diferentes estados, abordando questões sociais
numa abordagem híbrida que explora novas formas de expressão teatral,
utilizando recursos digitais para transcender barreiras geográficas e criar
performances significativas.
ELENCO
Allan S. Bottega cursa o
quinto semestre de Ed. Física pela Cruzeiro do Sul. É aluna da Escola de Teatro
Faces/Sistema Faces de Ensino, iniciou suas atividades teatrais em 2009
participando de oficinas, festivais e editais culturais como ator e bailarino.
Atualmente participante do Núcleo de Experimentação Artística do Coletivo
Inversão.
Antônio Júnior é estudante e
aluno da Escola Municipal de Teatro. Em 2019 iniciou as atividades com teatro
na Escola Municipal de Teatro, participando de diversos espetáculos teatrais
como atuante.
Carla Cristina de Oliveira Lima
é estudante, aluna e bolsista na Escola Municipal de Teatro – Sistema Faces de
Ensino desde 2018. Iniciou suas atividades cênicas quando criança em projetos
sociais e atualmente estagiária desde 2022.
Camila Wandscheer iniciou
suas atividades cênicas em 2013, no grupo Sol do Meio Dia, no polo Novo
Horizonte da Escola Municipal de Teatro de Primavera do Leste – MT. Integra o
Grupo Primitivos desde sua fundação, em 2015, e o Teatro Faces Jovem desde
2019. Atualmente ministra aulas/oficinas de Teatro na Escola, iniciando como
bolsista em 2019 e em 2020 sendo efetivada.
Giovanna Frota é estudante da
Escola Municipal de Teatro – Sistema Faces de Ensino desde 2024. Concluiu o
Ensino Médio em 2021 pelo IFMT – Instituto Federal Mato Grosso – Campus
Primavera do Leste, como Técnica em Logística. Atualmente cursa Medicina
Veterinária pela UFMT – Universidade Federal do Mato Grosso – Campus Cuiabá.
Marcione Neves de Almeida é
ator, professor, dramaturgo, produtor e cenógrafo. Graduando em Licenciatura em
Teatro pela Universidade Federal de Brasília. Atualmente é instrutor de teatro
na Escola de Teatro Faces – Sistema Faces de Ensino e ator do Grupo Faces Jovem
desde 2015, no qual realizou e realiza diversos espetáculos como ator e
produtor.
Michael Douglas é ator,
escritor e instrutor de teatro pela Escola Municipal de Teatro-Sistema Faces de
Ensino. Participou ativamente das atividades culturais do município, iniciando
no ano de 2019 com o espetáculo teatral UBU REI apresentado em uma das
edições do Festival Velha Joana. Realizou alguns trabalhos cinematográficos,
são eles as séries Fita Forte e Fica Perto, o documentário
Ao Mestre com Carinho e o filme Operação Ozônio.
Raquel Elias é atriz e professora
de Teatro na Escola Municipal de Teatro – Sistema Faces de ensino. Instrutora
de oficinas tecnológicas no projeto Escola do Futuro na cidade de Primavera do
Leste-MT. Graduada em Licenciatura em Artes Cênicas pela Universidade de
Brasília. Ingressou nas artes em 2014, aos seus 14 anos. Iniciou seus estudos e
pesquisas como atriz através do Grupo Primitivos desde sua fundação, em 2015.
DIREÇÃO
Ana Paula Dorst é atriz,
professora e encenadora. É doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Artes
Cênicas da Universidade do Estado de Santa Catarina, e mestra no Programa de
Pós-Graduação em Teatro da Universidade do Estado de Santa Catarina (2019), com
a pesquisa UM VOO SOBRE O OCEANO – A peça
didática de Brecht encenada na Pista Municipal de Skate em Primavera do
Leste/MT. É membra-fundadora do Grupo Teatro Faces e Associação Cultural
Teatro Faces de Primavera do Leste/MT desde 2005.
25 de janeiro (quinta-feira)
|
19h (feriado)
Espetáculo ORI – O Sentido de Reexistir
Com
Teatro em Trâmite (SC)
O
Teatro em Trâmite é um grupo profissional catarinense que nasceu em
2003, com seus integrantes impulsionados pela pesquisa realizada durante o
processo de montagem de O Marinheiro, espetáculo montado ainda durante a
faculdade de Teatro da UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina. Atualmente
a pesquisa continua refletindo sobre o trabalho do ator, e sua consequente
formação, para atuar em diferentes propostas estéticas. O grupo produz
espetáculos vinculados às pesquisas que os integrantes realizam nas
Universidades (Estadual e Federal) de Santa Catarina e promovem a extensão
junto à comunidade da cidade.
ELENCO
André Francisco trabalhou como
ator em mais de 30 produções entre cinema e teatro, tanto em São Paulo quanto
em Florianópolis. É formado em filosofia pela UFSC e cursou a graduação e o
mestrado em teatro na UDESC. É fundador e diretor artístico do Teatro em
Trâmite, onde dedica-se à concepção e direção de espetáculos. Assinou a maioria
dos trabalhos do grupo. Além da direção, atua também na cenografia, iluminação
e produção.
Francisco Fischer é um
estudante de Licenciatura em Artes Cênicas na UDESC, professor, ator, músico e
editor de vídeos. Começou a atuar na infância e desde 2019 contribui para as
produções artísticas da Casa Vermelha, envolvendo-se em peças como Rinocerontes:
Guia prático para épocas fascistas. Compôs músicas para o espetáculo Ori
– o sentido de re-existir, do grupo Teatro em Trâmite, onde atua como
técnico de som.
Thiago Ferrugem é ator,
produtor, professor e pesquisador em teatro. É graduado no curso de
Licenciatura em Teatro e atualmente é mestrando no Programa de Pós-graduação em
Artes Cênicas (PPGAC), ambos na UDESC. É também colaborador da administração do
Centro Cultural até o momento presente. Ingressou em 2018 no grupo Teatro em
Trâmite, onde trabalha como ator, produtor e professor nos projetos do grupo.
26 de janeiro (sexta-feira)
|
20h
Espetáculo A Cabeça De Tereza
Com Jam Soares (RO)
Jam Soares é dramaturga,
atriz e produtora, mulher afro-amazônida, formada em teatro pela Universidade
Federal de Rondônia. É pesquisadora dos teatros negros e seus símbolos, com foco
na mulher afro-amazônida. Integra o grupo Teatro Ruante e atuou como atriz nas
obras Cidade Grande, João Ninguém, Era uma vez João e Maria…
E ainda é, Rodantes, Cabaré Ruante, Ofélia-Pátria, Inimigos
do Povo, A muy lamentável e cruel história de Píramo e Tisbe, Refugiados
Show e A Cabeça de Tereza.
Edmar José Monteiro Leite é iluminador,
aluno do Curso de Licenciatura em Teatro, ator, palhaço (Gerê), contador de
histórias, técnico de iluminação, operador de som, produtor cultural e
animador. Integra o grupo O Imaginário RO desde 2013.
Gabriel Corvalan é técnico de
som, ator, palhaço, técnico e assistente de direção e discente do Curso de
Licenciatura em Teatro. É integrante do grupo de teatro Cia Peripécia desde
2016.
Luiz Lerro, diretor do espetáculo,
é ator e professor, dá aulas de licenciatura em Teatro e docente do PPGEE e no
programa de Pós-Graduação em Educação Escolar. É doutor em Estudos Teatrais,
mestre em Teoria e Cultura da Representação, graduado em Educação Artística e
possui licenciatura em Artes Visuais. Realiza pesquisas em técnicas e poéticas
corporais, performance, matrizes corporais afro-brasileiras e pedagogia
transculturais.
16h
Evangelho da Terra
Segundo a Serpente – Porque o Esquecimento é Como nos Matar Novamente:
Conferência Performance
Com Natalia Amoreira (RJ)
Natalia Amoreira é atriz,
cantora e autora, formada em Atuação Cênica e graduada em Estética e Teoria do
Teatro, com seu Trabalho de Conclusão de Curso selecionado pelo Itaú Cultural
(2022) e publicado em Pontilhados: pesquisas da cena universitária, de a_ponte
– cena do teatro universitário. Faz parte do Coro Luther King, foi
finalista do SLAM Pequena África e é autora publicada pelas editoras Urutau,
Malê e Cultura. Foi atriz/cantora solista na peça Morte e Vida Severina,
da Companhia Ensaio Aberto (Armazém da Utopia, RJ, 2022).
Thiago Gouveia é formado pelo
Curso de Fotografia Omicron (2019), capacitado pelo Instituto Ensaio Aberto
como técnico de audiovisual (2021). Assina a captação de imagem e som no
documentário Rosa (2022). Foi assistente de direção do diretor Luiz
Fernando Lobo e operador de luz do espetáculo A Exceção e a Regra, da Companhia
Ensaio Aberto (2023), e atualmente é produtor do Teatro Domingos Oliveira, fotógrafo
e Filmmaker autônomo.
20h
Espetáculo Sankofa – Cantando e Recontando Histórias do Cangaço e da
Jova
Com Bando Jaçanã (SP)
Bando Jaçanã é um coletivo
teatral que teve início em um processo colaborativo, por meio do Projeto
Espetáculo da Fábrica de Cultura Jaçanã. Em 2015, após nove meses de criação, apresentou
o espetáculo Bando Jaçanã, sobre as prisões cotidianas do jovem
periférico e negro, em sua maioria. Nos anos seguintes, seguiu no campo
teatral, pesquisando lutas femininas, ancestralidade negra e a formação do
território. Como primeira pesquisa independente, iniciou a criação do
espetáculo Sankofa – Cantando e Recontando Histórias do Cangaço e da Jova,
que teve sua primeira versão audiovisual em 2021, ganhando o prêmio APCA
(Associação Paulista de Críticos de Arte), e estreou presencialmente em 2023.
ELENCO
Andressa Oliveira é atriz e técnica em comunicação visual, atualmente cursando
licenciatura em História e participando do programa Jovem Monitor Cultural pela
Secretaria de Cultura. Atua com o coletivo Bando Jaçanã desde 2015.
Huris Brasil pratica
dança desde 2014 e atua no teatro periférico, majoritariamente de rua, desde
2017. É formado em dança pela Escola Técnica Estadual de Artes do Carandiru (2019)
e hoje atua como intérprete/dançarino em coletivos de teatro e dança através de
múltiplas linguagens do corpo.
Iara
Perri iniciou suas
atividades artísticas na escola de Circo do Capão, onde atuou por sete anos. Em
2015, começou a praticar teatro na Fábrica de Cultura. Em 2020, formou-se em
humor e em 2023 concluiu sua formação em palhaçaria. Neste mesmo ano, estreou
seu primeiro solo de palhaça, com o espetáculo SexoFone.
Karolayne Oyá atua como multiartista há nove anos, em processos
criativos e colaborativos a partir do coletivo Bando Jaçanã. É artista orientadora
periférica na linguagem de Teatro pelo Programa Vocacional, produtora e DJ que
exaltar a cultura nacional brasileira. Cursa o técnico em Teatro (linha de
estudo em humor) pela SP Escola de Teatro e faz a higienização do Acervo
Antônio Abujamra.
Marcelo Evans é
ator, atuante em alguns espetáculos da Fábrica de Cultura
pelo ateliê Projeto Espetáculo. Nascido na periferia da Zona Norte de São
Paulo, faz parte de movimentos de grupos de teatro e audiovisual da região,
participando de festivais internacionais com alguns desses coletivos. Através
do edital PRONAC, se movimenta com teatro itinerante por alguns estados do
Brasil. Estuda cenotecnica da SP Escola de teatro e atuou na produção de todas
as óperas do ano de 2023 no Theatro Municipal de São Paulo.
Moni Bardot gravou como
Ofélia em Meu nome não é Hamlet (2016),
curta universitário da
faculdade Cásper Líbero, e participou da peça Oniri Ubuntu- tempo de sonho, na Fábrica de Cultura do Jaçanã, em
2017. Em 2020, entrou para o curso de Humor da SP
Escola de Teatro. No mesmo ano, participou do processo de criação da peça Sankofa,
um trabalho audiovisual.
Ruby Máximo é atriz e produtora. Começou cursando teatro na Fábrica de
Cultura do Jaçanã, no ateliê Projeto Espetáculo. Em 2016, entrou no coletivo Bando
Jaçanã, com o qual estreou a peça A Cidade e as Mulheres (2016), Oniri
Ubuntu- tempo de sonho (2017) e Sankofa- Cantando e Recontando Histórias
do Cangaço e da Jova (2023). Também em 2023, trabalhou como produtora da
peça Decoro ao Pudor, do coletivo Os Terceiros.
DIREÇÃO
Antonia Mattos é atriz, diretora, dramaturga, musicista e arte
educadora. É formada em Artes Cênicas, cursou Direção na SP Escola de Teatro e em
2016 recebeu o Prêmio SP de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem, como Atriz
Revelação, pelo espetáculo Caminho da
Roça, das Meninas do Conto. Como diretora e dramaturga, recebeu o prêmio
APCA em Valorização de Pesquisa e Escuta em Territórios em 2021; Prêmio SP de
Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem em 2017, como melhor trilha original. Atua
como diretora-pedagoga no Projeto Espetáculo da Fábrica de Cultura da
Brasilândia desde 2015.
Agatha Tosta é assistente de direção. Iniciou seus trabalhos com teatro em 2015 e em 2021
estagiou na cia Clã do Jabuti, como assistente de direção. No mesmo ano,
participou da pesquisa e atuação do projeto audiovisual Sankofa – Cantando e
Recontando Histórias do Cangaço e da Jova, cuja direção e dramaturgia de
Antônia Mattos foi premiada pela Associação Paulista de Arte. Ainda, assinou a
direção musical da peça Decoro ao Pudor, do coletivo teatral Os
Terceiros.
Fellipe Sótnas, assistente de direção, começou sua trajetória artística no
Projeto Espetáculo em 2014, no qual permaneceu por cinco anos. Paralelamente,
participou de cursos extensivos na SP Escola de Teatro e do Programa
Vocacional. Em 2018, iniciou suas formações técnicas e hoje soma os cursos
técnicos de Biblioteconomia e Teatro na ETEC, e de palhaçaria na escola
Doutores da Alegria. Também tem licenciatura e bacharelado em Teatro pela
Anhembi Morumbi. Atualmente, é arte educador no Programa Curumim.
AÇÕES
FORMATIVAS
Bate-papo Pulsações
Judson Forlan Cabral é ator
formado pela Escola Livre de Teatro de Santo André (SP), integrando hoje sua equipe
de coordenação. É bacharel em Sociologia e Política, mestre e doutor em
Ciências Sociais e pesquisador do Núcleo de Estudo em Arte, Mídia e Política da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde é professor do Curso
Comunicação Artes do Corpo. É também professor da Escola de Arte Cênicas Wilson
Geraldo de Santos, professor convidado da Academia Internacional de Cinema e parecerista
de programas de incentivo à cultura e à criação artística. Desenvolve pesquisa
nas áreas de Sociologia da cultura, política cultural, crítica cultural, arte e
política e história e teoria do teatro.
Maria Fernanda Vomero é jornalista, performer, assessora criativa
de projetos artísticos e doutora em Artes Cênicas pela Universidade de São
Paulo. Sua tese de mestrado abordou as experiências teatrais desenvolvidas na
Palestina. Tem especialização em Documental Creativo e graduação em Jornalismo.
Foi curadora das Ações Pedagógicas da Mostra Internacional de Teatro de São
Paulo (2015 a 2020), repórter e editora da Superinteressante; editora-chefe da
Revista das Religiões e editora da Bravo!, da Editora Abril (1999-2007), e colaborou
com outras publicações. É autora e intérprete de conferências performáticas, e assina
o livro A DIGNA 10 anos (2022), sobre o coletivo teatral paulistano
A Digna. Também trabalha como mediadora de debates, redatora freelancer e
resenhista em teatro, cinema e literatura.
Comunicação oral
24 de janeiro (quarta-feira)
|
10h
Comunicação oral 1 – Processos criativos e materialidades
Mediação:
Kleber Lourenço
Estudantes
participantes: Aline Xavier de Oliveira (UnB), Ana Cecilia Kresch Borba (UnB),
Lilian Barbosa de Sousa Gomes, Nathalia Mendes de Aguiar (UFMA) e Rayssa Regina
Sousa Pires (UFG).
Aline Xavier de Oliveira
é atriz e diretora, com pesquisa em idiomas para o processo criativo teatral.
Ana Cecília Kresch Borba é atriz e figurinista,
área em que é pesquisadora. Participa do Coletivo de Teatro Enleio com
pesquisa em teatro, ritual e figurino.
Kleber Lourenço é artista da dança e do teatro, educador e pesquisador em
artes da cena. É doutorando em Artes pela Universidade Estadual do Rio de
Janeiro e mestre em Artes pela Universidade Estadual Paulista. Dirige o Visível
Núcleo de Criação (SP), integra o grupo de pesquisas MOTIM (RJ) e da Capulanas
Cia de Arte Negra (SP). Seus trabalhos concentram-se nas linguagens da dança e
do teatro – coreografia, encenação e formação pedagógica –, em cruzamento com as
culturas populares. Foi bailarino do Grupo Grial de Dança e da Compassos Cia de
Dança, ambas em Pernambuco, e trabalha com artistas de diferentes regiões do
Brasil.
Lilian
Gomes é atriz, dançarina, cantora, poeta e educadora. Leciona teatro na
rede privada de ensino e artes na rede pública estadual de São Paulo. É
praticante de cavalo marinho com o grupo Boi da Garoa, e de capoeira. Integra,
desde 2018, o Laboratório de Pesquisa e Estudos em Tantz Theatralidades
(LAPETT), orientado pela Profa. Dra. Sayonara Pereira.
Nathalia Mendes de Aguiar é
atriz, iluminadora e iluminatriz, desenvolvendo
experimentos nestes dois segmentos. Participa
do Coletivo 171 desde 2018.
Rayssa Pires é atriz,
professora e arte educadora com ênfase em inclusão e acessibilidade. Participa
desde 2019 do Instituto Arte e Inclusão – INAI, que tem como principal
finalidade acessibilizar arte e cultura para todas as pessoas.
15h
Comunicação oral 2 – Processos contra-hegemônicos
Mediação:
Vicente Concilio
Estudantes
participantes: Daniel Vianna Godinho Peria (USP), Laís Costa e Silva (UDESC),
Rafael Woss Correa (UFAC) e Wesley Goulart Coitinho (UFPel).
Daniel Vianna Godinho Peria
atua na confluência entre criação artística, pesquisa e
pedagogia. Faz parte da Cia. Barco, do Grupo de Estudos em Curadoria das Artes
Cênicas da USP e ajuda a construir o Cursinho Popular Ruth de Souza. Escreve
para a Capivara Crítica
Laís
Costa é atriz, professora e diretora de teatro. Pesquisa os povos
originários, com ênfase nos Yanomami e seus ritos, que atravessam os meios da
atuação teatral.
Rafael Wöss Correa é graduado em Letras
pelo Instituto Federal de São Paulo e graduando em Artes Cênicas/Teatro pela Universidade
Federal do Acre, em Rio Branco (AC). É ator, palhaço e arte educador, com foco
nos estudos em Teatro do Oprimido, no grupo Gesto da Floresta, do qual faz
parte desde 2018.
Vicente Concilio é professor da graduação e
pós-graduação em Artes Cênicas da Udesc – Universidade do Estado de Santa
Catarina. Atualmente, dedica-se ao projeto Infiltrações das Artes Cênicas em
espaços de privação de liberdade, que visa construir práticas teatrais
abolicionistas dentro do sistema penal e reunir pessoas que fazem teatro em
prisões pelo Brasil e em outros países. Em 2021, criou o premiado
curta-metragem O amigo do meu tio, dirigido por Renato Turnes, com
estreia prevista para 2024
Wesley
Goulart Coitinho é ator, diretor teatral e pesquisador dos
teatros negros no Brasil. Tem mestrado em Artes pela UFPel – Universidade
Federal de Pelotas, onde pesquisa a trajetória do dramaturgo e jornalista
abolicionista Arthur Rocha.
25 de janeiro (quinta-feira)
|
10h
Comunicação oral 3 – Pedagogias
Mediação:
Maria Fernanda Vomero
Estudantes
participantes: Ana Beatriz de Andrade Cangussu Lima (USP), George Ritter Rocha
Almeida (UNIRIO), Laís Jacques Marques (UFSM), Maria Cristina Ferreira
(UNESPAR) e Túlio Fernandes Silveira (UDESC).
Ana
Beatriz Cangussu é atriz, produtora e professora de Artes, natural
de Minas Gerais. É graduanda do 5° ano do curso de Artes Cênicas, com habilitação
Licenciatura, na Universidade de São Paulo. Tem foco no binômio arte-educação e
na interdisciplinaridade das artes da cena. É fundadora e integrante dos grupos
Endêmica Coletiva e a Trupe Corpo, em São Paulo.
George Ritter, carioca de São
Gonçalo, é ator, dramaturgo e professor de teatro e técnico em Arte Dramática
pela Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Pena. Pesquisou instrumentos
avaliativos no ensino durante a Licenciatura em Teatro. Participa da GRACO Cia.
de Atores desde 2016 e leciona na Oficina Social de Teatro (OST) e no Projeto
Oficina Nossa, de Niterói.
Laís Jacques Marques é atriz, arte educadora
e pesquisadora, natural de Chapecó (SC). Estuda arte em espaços de privação de
liberdade de jovens. Participa desde 2019 do Grupo de Pesquisa e Extensão
Teatro e Prisão: Infiltrações das artes cênicas em espaço de vigilância. É bacharela
em Artes Cênicas, licenciada e mestra em Teatro, e atualmente cursa doutorado
em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina.
Maria
Cristina Ferreira, nascida em Curitiba (PR), é psicóloga clínica,
psicanalista, atriz e arte educadora com ênfase em teatro de formas animadas e
psicose em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), na cidade de Curitiba.
Maria Fernanda Vomero é jornalista, performer, assessora criativa
de projetos artísticos e doutora em Artes Cênicas pela Universidade de São
Paulo. Sua tese de mestrado abordou as experiências teatrais desenvolvidas na
Palestina. Tem especialização em Documental Creativo e graduação em Jornalismo.
Foi curadora das Ações Pedagógicas da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo
(2015 a 2020), repórter e editora da Superinteressante; editora-chefe da
Revista das Religiões e editora da Bravo!, da Editora Abril (1999-2007), e colaborou
com outras publicações. É autora e intérprete de conferências performáticas, e
assina o livro A DIGNA 10 anos (2022), sobre o coletivo teatral paulistano
A Digna. Também trabalha como mediadora de debates, redatora freelancer e
resenhista em teatro, cinema e literatura.
Túlio Fernandes, de Florianópolis (SC),
é professor de teatro, produtor cultural, ator, e pesquisador da área de
Pedagogia das Artes Cênicas com ênfase no ensino de Teatro na Escola.
Atualmente é mestrando em Artes Cênicas do Programa de Pós-Graduação em Artes
Cênicas pela Universidade Estadual de Santa Catarina – UDESC.
15h
Comunicação oral 4 – Autoficção, Escrevivências, Dramaturgias
Mediação:
Renata Pimentel
Estudantes
participantes: Alessandra Augusta Lima dos Santos (UFRN), André Davi Rodrigues
Sátiro (UFCG), Carlos Augusto Higuti Becker (UNESPAR), Kai Henrique Silva Fernandes
(UNIFAP) e Renata Cristina Ferreira Silva da Paz (UFMG).
Alessandra
Augusta Lima dos Santos é atriz com múltiplas atuações nas artes
cênicas e no audiovisual, graduada em Licenciatura em Teatro pela Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (2016-2022). Tem experiência em arte/educação,
pesquisa e articulação social artística, produção cultural e locução, atuando
principalmente com teatro negro, feminismo, ancestralidade e dramaturgia
autoral. Atualmente é arte-educadora, pesquisadora e diretora social do Espaço
Cultural Casa da Ribeira em Natal/RN.
André
Sátiro é ator, diretor e pesquisador, graduado no
curso de Bacharelado em Arte e Mídia pela UFCG – Universidade Federal de
Campina Grande. Tem desenvolvido sua pesquisa em torno de investigações sobre a
cena teatral contemporânea. Desde 2016 participa da Bodopitá Companhia de
Teatro.
Carlos Becker
é ator, improvisador e produtor cultural. Sócio-fundador do Trio Elétrico de
Teatro, grupo que desenvolve um estudo sobre as manifestações latino-americanas
dentro da cena teatral. Também faz parte da Trupe Ave Lola. Como artista-solo,
pesquisa os afetos que são gerados nos desdobramentos da autoficção.
Kai Henrique
Silva Fernandes é licenciado em Teatro e mestrando em Educação,
ambos pela pela Universidade Federal do Amapá – UNIFAP. É professor de teatro,
ator, membro do grupo de pesquisa Laboratório Nômade. Como pesquisador,
desenvolve pesquisas abordando o corpo transgênero e a autorrepresentação.
Renata Paz
é artista e arte educadora negroreferenciada. Licenciada em Teatro pela Universidade
Federal de Minas gerais, Técnica em Arte Dramática pelo Centro de Formação
Artística e Tecnológica – CEFART, no qual é co-fundadora da Breve Cia e Breve
Cursos Livres e professora de Atuação Cênica. Foi premiada com a cena curta Aparecida
como Melhor Atuação em Afrografias, no Prêmio Leda Maria Martins, além de
receber o 1° lugar no 12° Niterói em Cena e 19° Cenas Curtas Galpão Cine Horto.
Renata Pimentel
é graduada em Letras, com Mestrado e Doutorado em Teoria Literária pela Universidade
Federal de Pernambuco. Desde 2010 é professora de literatura na Universidade
Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Publicou Uma lavoura de insuspeitos
frutos (ed. Annablumme, 2002); Copi: transgressão e escrita
transformista (ed. Confraria do Vento, 2011; 2ª ed, 2022); Da arte de
untar besouros (poesia, ed. Confraria do Vento, 2012; reimpressão em 2015);
Denso e leve como o voo das árvores (poesia, ed. Confraria do Vento, 2015);
e A harmonia secreta do caos (poesia, ed. Confraria do Vento, 2022). É
formada em dança clássica e teatro, roteirista para audiovisual e trabalha com
curadoria e pesquisa em artes visuais.
26 de janeiro (sexta-feira) |
16h
Mesa Experiências de festivais de teatro com adolescentes e jovens
com Vamos que Venimos e Velha Joana
Mediação:
Carlos Gomes
Com
Lígia Helena e Paulo Gircys, representantes do festival Vamos que Venimos, e
Wanderson Lana, representante do Festival Velha Joana.
Carlos Gomes é coordenador do núcleo de Curadorias e
Programação Artística – artes cênicas no Itaú Cultural (desde 2016). É bacharel
em Artes Cênicas pela Unicamp desde 2001 e formado em Pedagogia pela Universidade
Federal de São Carlos desde 2016. Atualmente é mestrando em Economia da Cultura
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foi integrante do Grupo do
Santo (1998 a 2005), idealizou e dirigiu o projeto Esse Teatro dá Samba,
com jovens da região do Jardim Ângela, em São Paulo, e é autor da pesquisa Um
batuque memorável no Samba Paulistano, que resultou em1 livro e 7 curtas
documentários, Coordenou o programa de Fomento ao Teatro (2014-2015).
Lígia Helena é coordenadora pedagógica do festival Vamos que Venimos (VQV) Brasil e coordenadora editoral da revista
Inquieta. É mestranda em Mudança Social e Participação Política na linha Arte e
Sociedade pela Universidade de São Paulo, bacharel em Comunicação Social pela
Universidade Metodista de São Paulo e atriz formada pela Escola Livre de Teatro
de Santo André. Fundou a Cia. Estrela D´Alva de Teatro, responsável por
projetos artísticos, pela Escola Itinerante de Teatro. Orienta o Núcleo de
Iniciação Teatral e Pedagogia do Teatro para Infâncias e Adolescências da
Escola Livre de Teatro. É co-autora do livro Pupa – contos fantásticos e
outras narrativas sobre adolescências. Foi educadora dos Programas
Vocacional (São Paulo), Territórios de Cultura (Santo André), Cultuar (Mauá),
Culturarte (Diadema).
Paulo Gircys é coordenador geral do festival Vamos que Venimos (VQV) Brasil, formado em Artes Cênicas –
Licenciatura pela Escola de Comunicações e Artes da USP e mestrando em Artes da
Cena pelo Instituto de Artes da UNICAMP. Faz pesquisa nas áreas de formação do
artista teatral, teatro jovem, teatros eslavo e lituano, teatro e literatura. É
ator, produtor e arte-educador da Cia. Estrela D’Alva de Teatro, onde é ainda
co-Fundador da Escola Itinerante de Teatro. Ministrou aulas e oficinas na
Lituânia, Rússia, Argentina, Chile e Angola. Foi artista-orientador do Programa
Vocacional da SMC de São Paulo e professor da área de Linguagens e suas
Tecnologias do SENAC Santos. Atualmente é coordenador geral dos cursos de
teatro do Colégio Singular no ABC e professor de artes do ensino fundamental I
no município de Santo André. É coordenador da MITbr, onde integra a equipe da
Mostra Internacional de Teatro de São Paulo – MITsp desde a primeira edição.
Wanderson Lana é ator, poeta, diretor, escritor, roteirista e
dramaturgo, graduado em História, especialista em História da América Latina
Contemporânea e Mestre em Estudos de Cultura Contemporânea – tudo pela
Universidade Federal do Mato Grosso – com pesquisa em Tragédia para Infância e
Juventude. É, ainda, Doutor em Estudos de Cultura Contemporânea, com tese sobre
Território e a existência de uma Dramaturgia Mestiça. Faz direção artística dos
grupos Faces, Faces Jovem e Primitivos. Criou o núcleo de dramaturgia para
infância e dramaturgia para juventude em Primavera do Leste. É o idealizador da
Escola Municipal de Teatro, do Projeto Cinema no Mato, Estação Satélite 3, e idealizador
e coordenador do Festival Velha Joana em todas as suas edições. Milita pelas
políticas de descentralização dos recursos públicos e de fortalecimento das
práticas artísticas em municípios do interior.
SOBRE OS FESTIVAIS:
O VQV Brasil é uma organização independente de
arte-educadores que integra a RED VQV, uma rede latino-americana de festivais
de teatro adolescente fundada em 2009, em Buenos Aires, Argentina, e com sedes
hoje no Chile, Uruguai, Brasil e outras cinco regiões argentinas.
A edição brasileira acontece em Santo André de forma regional e anual,
com convocatória aberta para o Estado de São Paulo. A partir dos princípios de rede,
o festival promove, de forma gratuita, painéis de intercâmbio, oficinas,
encontros, além da apresentação dos espetáculos dos grupos selecionados. O
Festival é uma imersão em que o protagonismo adolescente é uma premissa. Além
do Festival, o VQV Brasil produz, desde 2020, a Revista Inquieta – Teatro e
Adolescência -, um espaço de produção de escritas e compartilhamentos entre
educadores de teatro que atuam com e para as adolescências.
O Festival Velha Joana foi realizado
pela primeira vez em Primavera do Leste, no ano de 2007, com o objetivo de
difundir e democratizar o acesso à prática teatral no município. A princípio, a
ideia era apenas contemplar o movimento já existente na cidade. No entanto, o
interesse, apoio e a necessidade de espaço de trânsito das produções das Artes
da Cena que dialogasse e contemplasse os mais diversos percursos em que os
grupos poderiam estar em Mato Grosso fez com que o festival caminhasse e se
efetivasse como um dos mais democráticos festivais realizados no nosso país. Reúne
grupos e coletivos experientes, grupos em formação, teatro na escola e escolas
de teatro numa efetiva troca de experiências, afetos e subjetividades. Durante
seus 17 anos de realização, recebeu mais de 578 espetáculos, performances e processos
cênicos, com uma média de 5.150 atuantes e um público estimado de 104.040
pessoas. O festival é uma grande festa do teatro brasileiro que acontece em
Primavera do Leste, uma cidade que abraçou o teatro como uma maneira de ser e
existir.
Post original através de www.gentedeopiniao.com.br
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