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Grupo Silvio Santos retira escada e empareda Teatro Oficina; cia protesta

Grupo Silvio Santos retira escada e empareda Teatro Oficina; cia protesta

Os órgãos não se manifestaram, então isso foi um ato de ilegalidade. Eles fecharam os arcos sem uma manifestação final do ministério público e dos órgãos que protegem o teatro. A gente entende que essa entrada dos fundos do teatro, desde quando foi aberta, faz parte integrante da linguagem de criação da companhia, portanto é patrimônio imaterial tombado.
Marília Piraju, arquiteta do Teatro Oficina

A disputa judicial que ambas as partes se referem correm em paralelo à batalha que leva mais de 40 anos na justiça por terreno vizinho ao Teatro Oficina. O apresentador Silvio Santos é o dono da área e, desde o início da década de 1980, pretendia construir um prédio para o Grupo Silvio Santos no local, no entanto, Zé Celso, o fundador do Teatro Oficina, alegava que o edifício prejudicaria as atividades culturais e, por isso, levou o caso à Justiça.

Já o advogado do teatro, Juca Novaes, afirma que o teatro, na semana passada, requereu a suspensão da retirada da escada e do emparedamento dos arcos por 90 dias, devido ao aparecimento de novos fatos. “Em dezembro de 2023, num acordo celebrado entre Ministério Público e a Prefeitura de São Paulo, se decidiu que parte dos recursos que integram ajuste judicial feito com a UnInove, seriam destinados à construção do tão desejado Parque do Rio Bixiga, exatamente na área do entorno do teatro, ou seja, exatamente a área onde se localiza a escada.”

Teatro vai recorrer à Justiça contra o GSS por possível violação a um patrimônio tombado, pois o posicionamento do MP em relação ao fechamento dos arcos é o de que se aguarde a autorização prévia dos órgãos responsáveis pelo tombamento. “Em outras palavras, existe a possibilidade de que tal fechamento viole as regras do referido tombamento”, diz advogado.

O que diz o grupo Silvio Santos?

Grupo Silvio Santos, por sua vez, diz que buscou reparar o estado original do imóvel que o pertence após longa batalha jurídica “que reconheceu, nos autos do processo, que a referida escada nunca havia sido parte do tombamento do Teatro Oficina”.

Post original através de www.uol.com.br

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