Theatro da Paz: 146 anos de história, cultura e arte na Amazônia | É do Pará

A imponência do Theatro da Paz, na metrópole da Amazônia, com ar europeu e contexto histórico e cultural aclamado. Completando 146 anos em 2024, o espaço de arte e lazer é um encanto para todos os sentidos do corpo, um palco onde já passaram histórias e onde momentos foram eternizados.

O É do Pará visitou o Theatro da Paz, inaugurado em 15 de fevereiro de 1878, suntuoso, sua história é tão especial quanto sua localização na Praça da República. O ponto turístico paraense vai além de um lugar de esplendor, é também um tablado sagrado, um recanto para a música, arte, cultura, espetáculos teatrais, shows, arquitetura e história.

Sua existência foi celebrada com um lindo concerto da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, junto aos convidados Nilson Chaves, Gigi Furtado, Andrea Pinheiro e Lucinnha Bastos, grandes nomes da música paraense. O É do Pará acompanhou essa noite de festa e Tainá Aires mostrou tudo de perto nesse dia de festa, celebrando o Theatro da Paz e Waldemar Henrique.

Aline Melo, condutora de visitas guiadas, falou um pouco da criação e história do Theatro da Paz, da sua inspiração em teatros monumentais da Europa e curiosidades do espaço de arte. A também condutora de visitas guiadas, Natália Saint-Clair, acompanhou Tainá Aires por um passeio por todo o enorme teatro, contando que para ela trabalhar no espaço é muito especial principalmente porque o Theato da Paz é muito importante para a história e cultura do Pará.

Rita Tortorellu, vendedora, participou da visita guiada pelo Theatro da Paz e elogiou o potencial brasileiro em relação à Europa dizendo: “Isso aqui é maravilhoso!”, fazendo referência ao Theatro. A paulista estava impressionada com a história e a cultura da capital paraense, estava entrando no monumental espaço de arte destacando estar encantada.

Carlos Soares é professor e veio de Fortaleza-CE, estava deslumbrado com o Theatro. “É inusitado estarmos aqui justamente quando o Theatro está fazendo 146 anos, eu realmente fico muito emocionado”, revelou o turista que estava em Belém pela primeira vez em sua vida, que ainda confirmou que iria almoçar açaí com peixe frito ao sair do passeio pelo Theatro da Paz.

Continuando as descobertas do Theatro da Paz, uma conversa emocionante com um dos trabalhadores mais antigos do local. Seu Riba, cenógrafo e técnico de palco, está na coxia do teatro há mais de 40 anos. “Desde os meus 19 anos eu dediquei minha vida aqui, o Theatro significa tudo para mim”, disse emocionado.

Edyr Augusto Proença, diretor do Theatro da Paz, relembrou sua relação e conexão com o teatro, ressaltando momentos onde a sua trajetória entrelaça e atravessa a trajetória dos acontecimentos do espaço de arte. “Eu tenho uma convivência muito grande com o Theatro, conheço os intestinos, os bastidores e tudo”, destacou.

O diretor destacou ainda que o Theatro da Paz não teve sua importância pautada apenas no início do século XX, com a explosão econômica da borracha, como se manteve atuante durante todos esses anos e até hoje é o símbolo mais forte da cultura paraense, sendo um tesouro arquitetônico e artístico.

“Essa casa pra mim tem uma importância brutal porque eu também me relacionei muito com o maestro Waldemar Henrique, que foi também o diretor aqui do Theatro. Ele era uma pessoa fantástica, além de talentoso a vida inteira, era uma pessoa com uma cultura e educação que se relacionava com todo mundo, com todos os gêneros artísticos”, Edyr Augusto Proença.

Na noite de celebração do aniversário do Theatro da Paz a satisfação no rosto do público e dos artistas que se apresentaram. O contrabaixista Paulo Nascimento conversou com Tainá sobre esse momento e disse que é um dos fundadores da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz. “Ampliou bastante, agora ela é formada por profissionais, o repertório também mudou, agora a gente toca repertório popular e erudito, um repertório bem mais difícil”.

“A gente tem que pensar no regente como mais um dos músicos. É o músico que está ali liderando os outros músicos. Eu tento sempre manter essa conexão”, destacou o maestro da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, Miguel Campos Neto.

A cantora Lucinnha Bastos relembrou que em 2015 estava no mesmo palco celebrando o centenário de Waldemar Henrique e agora ela está de volta para homenagear o majestoso Theatro da Paz: “Toda vez eu fico arrepiada, nervosa, tem aquele friozinho na barriga. É uma responsabilidade enorme, é o templo da nossa cultura. Hoje é o aniversário do Theatro da Paz e do maestro Waldemar Henrique… é muita história que a gente vive aqui, é sempre muito especial”.

O grande músico e artista Nilson Chaves também subiu ao palco do Theatro da Paz e disse que é sempre muito especial se apresentar no palco do Theatro e relembrou que a primeira vez que ele vivenciou esse momento foi em 1967 e desde então não ideia de quantas vezes teve a alegria de cantar no Theatro, mas ressaltou: “É sempre mágico, o nome já diz, a gente fica meio em paz mesmo”.

A cantora Gigi Furtado estava radiante destacando que é sempre lisonjeiro para um artista ser convidado para subir no palco do Theatro da Paz. Para ela é um grande privilégio ter o dom de levar a arte e de estar na primeira casa de espetáculos de Belém.

“Estar na cidade onde nós temos dois grandes símbolos da nossa cultura que é o Theatro da Paz e o maestro Waldemar Henrique já é algo para se lisonjear e fazer parte da festa com a Orquestra Sinfônica e mais artistas que você admira, é outro grande presente”, Gigi Furtado.

No quadro “Hora da Broca” a chef de cozinha Isabela Meschede, preparou uma receita deliciosa para celebrar. A “Torta de frango com massa de cream cracker” é fácil de fazer e rápido também. A massa de biscoito é bem macia e o recheio cremoso, essa é a combinação perfeita para um jantar especial. Os detalhes você acompanha no site Receitas.

Reveja o É do Pará sobre a celebração do aniversário do Theatro da Paz:

É do Pará: Celebração dos 146 anos do Theatro da Paz – Bloco 1

É do Pará: Celebração dos 146 anos do Theatro da Paz- Bloco 2

É do Pará: Celebração dos 146 anos do Theatro da Paz – Bloco 3

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