Fechado em 2011, após incêndio, Teatro Villa-Lobos é inscrito na Lei Rouanet
Fechado desde 2011, quando sofreu um incêndio que o destruiu, o Teatro Villa-Lobos segue sem previsão de reabertura. A novidade é que uma parceria da Funarj, entidade vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, com a Associação de Servidores da própria fundação permitiu a inscrição do imóvel na Lei Rouanet, visando à captação de recursos para a obra. O mesmo foi feito com a Sala Cecília Meirelles, em 2010 e 2014, quando foram arrecadados mais de 80% do orçamento necessário para os trabalhos de reestruturação.
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— Já temos patrocinadores interessados e estamos só aguardando os laudos das consultorias, que devem ficar prontos em abril, para iniciarmos a fase seguinte, que é de atualização dos projetos. O trabalho é diário — diz Jackson Emerick, presidente do órgão.
A retomada do imóvel teve início há um ano, quando o espaço foi reocupado, recebeu limpeza geral, teve os tapumes trocados e ganhou iluminação e instalação de um posto de segurança que funciona 24 horas. Em seguida, foram contratadas três empresas para atualizar o projeto, datado de 2013. Uma das firmas é a responsável pelo projeto estrutural, já que o prédio está exposto a chuva, sol e maresia. A outra vai atualizar a parte acústica, pois em 2013 não havia tecnologias hoje disponíveis.
— Estamos atualizando também o projeto de incêndio e pânico. Desde o acidente na Boate Kiss (RS) muita coisa foi alterada nas legislações — diz Emerick.
Já o convênio com a associação de servidores foi firmado para que o espaço pudesse receber recursos das leis de incentivo.
— A associação é sem fins lucrativos e tem muita experiência em captação. Depois do acordo, ela inscreveu o espaço na Lei Rouanet e foi aberta uma conta bancária para receber os recursos — completa Emerick.
Hoje, o teatro faz parte do programa Acelera Funarj, que recebe investimentos do governo estadual para que seja realizada a recuperação completa dos equipamentos da fundação. O espaço já recebeu R$ 500 mil, usados para a contratação da consultorias e manutenção permanente.
— Uma das primeiras providências foi capinar, pois estava um matagal. Depois, fizemos as ligações do esgoto e colocamos vigilância 24 horas, para não ter invasões. Mais recentemente, instalamos o tapume ilustrado, iluminamos e contratamos duas consultorias para ver o que será possível aproveitar, demolir ou reforçar — diz.
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O projeto prevê ainda revisão da parte elétrica, já que o antigo modelo não comporta LED, e ampliação de um pequeno fosso no palco, para pequenas óperas.
— Vamos manter a característica original do teatro, que era multiuso, preparando-o para receber espetáculos de teatro, musicais, concertos, balés e óperas de câmara —detalha João Guilherme Ripper, assessor especial da presidência da Funarj para projetos especiais.
A estimativa é que o Villa-Lobos seja entregue após quatro anos de obras, que deverão ser iniciadas assim que os recursos forem arrecadados.
Post original através de oglobo.globo.com
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