Prêmio Hangar de Música terá 21ª edição no Teatro Alberto Maranhão

O potencial criativo da música potiguar e seus destaques, serão conhecidos e celebrados na 21ª edição do tradicional Prêmio Hangar de Música, que será realizado no próximo dia 15 (segunda), às 20h, no Teatro Alberto Maranhão. Em 2024, o evento virá com o tema “Amazônia Bioma Música”, homenageando o multiartista potyguara Juão Nyn, e destacando os sons produzidos pelos povos originários. O encontro faz parte da programação dos 120 anos do TAM.

Segundo Marcelo Veni, idealizador do Hangar, o tema deste ano é uma forma de o evento se conectar com um tema urgente e importante para o mundo contemporâneo. “Pensamos o tema como um manifesto em defesa da maior floresta tropical do mundo e também de valorização da música dos povos originários”, declarou. A programação que destaca o rock e o rap feitos por músicos indígenas brasileiros, é a prova disso.

Juão Nyn, o homenageado da edição, é ativista comunicador do movimento Indígena do RN, integrante do Coletivo Estopô Balaio de Criação, Memória e Narrativa, e vocalista/compositor da banda Androyde Sem Par. Há 10 anos em trânsito entre RN e São Paulo, é Mestre do Terreiro Teatro Contracolonial na ELT – Escola Livre de Santo André.

O artista escreveu o livro “Tybyra – Uma tragédia indígena brasileira” (Editora Selo Doburro), em 2020, adaptação de um caso real acontecido em 1614, o qual um indígena foi executado sob acusação de sodomia. Juão também está terminando o seu primeiro álbum solo, todo cantado em Tupi, chamado “Nhe’etimbó – Voz, Fumaça de Corpo”, que tem previsão de ser lançado em junho de 2024.

A noite será embalada por apresentações de Amém Ore, Analuh Soares, Cabocla Jurema, DJ Magrone, Dudu Galvão, Jennify C, Juão Nyn, Nunis Òwerá, Pe. Caio Cavalcanti, Rousi Flor de Caete, Toni Gregório, e Vic Kabulosa. O rap nativo do Òwerá, artista Guarani-Mbyá, vai receber premiação especial na categoria “Música Originária Brasileira”.

Com apenas 23 anos, Owerá coleciona parcerias com artistas de peso como Brô MCs, Criolo, Tropkillaz, Célia Xakriabá, Djuena Tikuna, Alok e Edgar. Vale lembrar que se apresentou ao lado de Caetano Veloso no especial 2022, da HBOMax e também no Prêmio Sim à Igualdade Racial, com transmissão pela Rede Globo. Owerá reivindica o respeito aos povos originários e a demarcação das terras, além de levar mensagens de apoio ao seu povo.

O evento premia artistas potiguares em categorias como revelação musical, banda e intérprete; lançamento do ano (EP ou álbum); música do ano; show do ano, e destacando produções do audiovisual em videoclipes.
Haverá ainda premiações especiais, como o Hangar Especial para a centenária composição “Praieira”, de de Othoniel Menezes e Eduardo Medeiros; Trajetória Musical para Mad Dogs; Alexandre Moreira, como instumentista do ano; a Segunda de Vagabundo como ‘Projeto Musical Realizado’; Festival Gastronômico de Martins, como evento musical e gastronômico; Dona Onete (PA), como Prêmio Hangar Nacional.

Realizado em Natal desde 1999, o Prêmio Hangar de Música é uma importante premiação que tem como objetivo reconhecer, valorizar, incentivar, homenagear, divulgar e premiar a rica produção musical da cidade, do estado, da região Nordeste, e de artistas de âmbito nacional.

Serviço:
21º Prêmio Hangar de Música. Dia 15 (segunda), às 20h, no Teatro Aberto Maranhão. Vendas no local e Outgo. Mais informações no @premio.hangar (Instagram).