em celebração no Teatro Oficina, elenco reforça o legado do programa
O “Castelo Rá-Tim-Bum” completa exatos 30 anos nesta quinta-feira (30). No dia 9 de maio de 1994, estreava na TV Cultura um dos programas de maior sucesso da televisão brasileira. Em celebração ao lançamento, parte da direção e do elenco se reuniu hoje no Teatro Oficina, localizado na região central de São Paulo.
O evento, aberto ao público das 11h30 às 12h30, também contou com a presença de 40 crianças de escolas do bairro. No local, os participantes cantaram parabéns e dividiram um bolo com a imagem do castelo. Além disso, houve uma contagem regressiva em referência à cerimônia ao vivo do lançamento no Jornal da Cultura, na época exibido às 12h.
Da esquerda à direita, Fredy Állan, Cao Hamburger, Carlos Alberto Gardin e Pascoal da Conceição – Foto: Reprodução/Redes Sociais
Fredy Állan, que aos nove anos deu vida ao personagem Zequinha, reforçou, em entrevista ao site da TV Cultura, que é importante olhar para a produção pensando nos dias atuais e nos próximos 30 anos.
“Eu tenho falado para o público, se você sente é porque está vivo. Então é necessário pegar esse sentimento de nostalgia, de uma história de diversos Zequinhas e de diversos ‘meus 30 anos de Castelo Rá-Tim-Bum’ e assumir a idade que tem para jogar com a força [dos personagens]”, aconselha o ator.
Por que no Teatro Oficina?
O espaço escolhido para a celebração não foi à toa. Pascoal da Conceição, que interpretou o Dr. Abobrinha e trabalhou no local, foi o responsável por promover o reencontro.
Em entrevista ao portal da TV Cultura, o artista conta que se inspirou na disputa de Zé Celso com o Grupo Silvio Santos pelo terreno ao lado do Oficina para criar o personagem.
“A ideia é que o Castelo é uma fábrica de cultura e de saber […] sempre ameaçado pelo poder e o dinheiro, e aqui [no Oficina] é a mesma coisa”, acrescentou durante o evento Cao Hamburger, diretor-geral e um dos criadores do programa.
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O legado do Castelo
Embora não estivesse presente na celebração por razões pessoais, Álvaro Petersen, que dá vida à cobra Celeste e ao Godofredo, também prestou homenagens aos 30 anos por meio de entrevista exclusiva.
“O Castelo é responsável por acompanhar crianças e adolescentes de todo o Brasil […] Toda vez que alguém fica sabendo que eu dei vida a esses personagens, eu recebo tanta gratidão, que isso para mim é o verdadeiro legado de tudo que a gente fez, que é inspirar o amor, a alegria e valorizar toda a nossa cultura, dar valor a nossa gente, ao Brasil”, afirma Petersen.
Foto: Reprodução/Instagram @oficinauzynauzona
Além disso, o ator faz questão de evidenciar que o projeto televisivo incentivou e permanece incentivando distintos segmentos artísticos, como a literatura, a música, o teatro, a dança, as artes plásticas e o próprio audiovisual.
“A linguagem da manipulação de bonecos foi extremamente valorizada a partir do lançamento, onde os personagens ficaram queridos pelos brasileiros, que hoje são pais e alguns já são até avós, foi um grande privilégio poder fazer parte disso”, finaliza Álvaro.
Foto: Reprodução/Instagram @oficinauzynauzona
Ainda que a mídia como um todo busque saber como estão hoje os atores que interpretaram os personagens, Pascoal chama a atenção para o outro lado da telinha: como estão aqueles que assistiam à série dos anos 90, os próprios espectadores. De acordo com o ator e dublador, muitos deles estão na linha de frente das ações de apoio às vítimas das chuvas e enchentes que atingem o Rio Grande do Sul.
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“Nessa hora, tão difícil, foi uma homenagem a esta geração, do Brasil todo, que socorre e apoia a nossa gente do Sul. Essa geração apaixonada pelo Castelo tão prestativa, com tanta compaixão é nossa certeza de que dias melhores virão”, destaca Pascoal.
Produções que envolvem o programa
Episódios inéditos de “Morgana e Celeste”, série derivada do Castelo, estão indo ao ar ao longo deste mês na programação da emissora.
Fredy Állan também disse deve lançar neste ano um livro relatando a sua experiência ao interpretar o caçula da série. A ideia é ainda dar espaço aos fãs contarem suas memórias.
“A intenção é que o livro tenha um link para que as pessoas que comprar possam contribuir virtualmente com as suas histórias. O objetivo é fazer o público se encontrar”, explica o ator.
Elenco do ‘Castelo-Rá-Tim-Bum’ (1994-1997) – Foto: Divulgação / TV Cultura
Em entrevista realizada em dezembro de 2023, Eneas Pereira, vice-presidente executivo e diretor de programação da emissora, contou que a TV Cultura trabalha em um filme e em uma outra série do “Castelo Rá-Tim-Bum”.
O longa-metragem, com a direção de Cao Hamburger, tem previsão de estrear em 2025. Já a série, de 26 episódios, ainda não possui data de lançamento.
O site da TV Cultura confirmou nesta quinta-feira (9) que as previsões das produções se mantêm.
Relembre abaixo o “Castelo Rá-Tim-Bum: O Reencontro” e um dos episódios de “Morgana e Celeste”:
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Post original através de cultura.uol.com.br
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