Teatro Alfredo Mesquita recebe ´´Trilogia Afetos Políticos´´ em espetáculos diferentes

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07 a 09 de junho, o grupo apresenta a trilogia completa; e
Um espetáculo diferente por dia com entrada gratuita.

Diferente e surpreendente na apresentação de uma trilogia com espetáculos neste final da semana (6a. feira até domingo), no Teatro Municipal Alfredo Mesquita, em Santana (Zona Norte). Com entrada gratuita, a Cia. de Teatro Acidental realiza uma mostra do projeto “Trilogia Afetos Políticos”.

Além destas apresentações, no sábado (08/06/2024), às 19 horas, um bate-papo com a participação do Coletivo Labirinto e Rainha Kong.

Na 6a. feira (07/06/2024), às 21 horas, o grupo apresenta “O que você está realmente fazendo é esperar o acidente acontecer” que parte de uma investigação de “O beijo no asfalto”, de Nelson Rodrigues. Em cena, sentados em uma mesa, os atores dão voz a discursos diversos, de intelectuais a agressivos, de literários a acadêmicos, tecendo comentários sobre a obra rodriguiana, traçando um paralelo com a atual sociedade.

No dia seguinte, no sábado (08/06/2024), às 21 horas, a segunda parte com “E o que fizemos foi ficar lá ou algo assim”. A peça dá continuidade, onde a companhia reflete sobre o ódio como afeto fundamental para compreender a política contemporânea no país.

Fechando as apresentações, no domingo (09/06/2024), às 19 horas, com a apresenação de “E se a porta cair seguiremos sentados apenas mais visíveis”, que mergulha no inconsciente político para abandonar, cada vez mais, um modo de teatro político que aponta os outros (a direita, os dominadores, os donos do poder) como culpados pelas mazelas da sociedade, buscando suas próprias implicações e responsabilidades na situação de crise vivida hoje.

Esta mostra integra o projeto “Cia de Teatro Acidental: Modos de ser muitos”, contemplado na 42ª edição do Programa de Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo.

Sinopses

Peça 1 – “O que você está realmente fazendo é esperar o acidente acontecer” == A partir de um debate sobre a obra “O Beijo no Asfalto”, de Nelson Rodrigues, a peça coloca em cena, de maneira crua e sem uso de metáforas, as convulsões de uma sociedade movida pelo ódio, cultivado em nome da liberdade de expressão. Oito anos após sua estreia, ela parece ter antecipado terrivelmente os rumos políticos do país. Duração: 65 minutos

Bate papo – Diálogos sobre Processos Colaborativos – Uma conversa para refletir sobre dificuldades e potencialidades do processo colaborativo e a organização coletiva nos âmbitos do trabalho criativo, convívio e colaboração. Nesta edição, o grupo recebe o Coletivo Labirinto e Rainha Kong.

Peça 2 – “E o que fizemos foi ficar lá ou algo assim” == Um grupo de vizinhos se encontra num espaço fechado. O que parece ser uma simples reunião de condomı́nio aos poucos ganha ares inquietantes. Sobre quem discutem os participantes e o que os espreita de lá de fora? Descobrindo-se presos em um filme de terror, só lhes resta tentar descobrir como escapar dessa sinistra ficção. Duração: 80 minutos

Peça 3 – “E se a porta cair seguiremos sentados apenas mais visíveis” == Um julgamento em que os participantes ocupam ao mesmo tempo as posições de juízes, réus, advogados de defesa e acusação: um tribunal revolucionário, um coro trágico, uma autocrítica de rede social, uma psicanálise de desenho animado. No debate urgente sobre os rumos políticos, a força de transformação parece paralisada pela confusão entre culpa e responsabilidade, vergonha e masoquismo, acusação e ressentimento. Duração: 90 minutos