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Espetáculos de artes cênicas gaúchos ocupam o Teatro Oficina Olga Reverbel a partir de julho

Espetáculos de artes cênicas gaúchos ocupam o Teatro Oficina Olga Reverbel a partir de julho

De julho a outubro deste ano, o Teatro Oficina Olga Reverbel (Praça Marechal Deodoro, s/n) será palco de uma série de espetáculos de teatro e dança provenientes de diferentes regiões do Rio Grande do Sul. Com uma programação diversificada e acessível, os espetáculos darão destaque à produção artística gaúcha de locais com menor visibilidade, incluindo atrações de Bento Gonçalves, Canoas, Caxias do Sul, Garibaldi, Gravataí, Pelotas, Santo Antônio da Patrulha, Santa Maria, Tramandaí e Viamão – além de Porto Alegre. No total, foram recebidas 80 inscrições, representando sete diferentes regiões funcionais do Estado. Os ingressos para os espetáculos estarão disponíveis na plataforma de vendas on-line do Theatro São Pedro, custando R$ 30,00 o valor inteiro e R$ 15,00 a meia entrada.

O objetivo do projeto é descentralizar a ocupação do Complexo Multipalco Eva Sopher, oportunizando a participação de grupos e artistas de diversas localidades, e enriquecendo o panorama cultural de Porto Alegre.

Além de dar visibilidade a esses grupos, o edital promove o intercâmbio de experiências e práticas artísticas, fortalecendo a identidade cultural do Estado. “Os artistas selecionados receberão a receita integral da venda de ingressos, isenção das taxas de utilização do Teatro Oficina Olga Reverbel e uma ajuda de custo de dois mil reais. Além disso, o Sesc fornecerá suporte logístico para transporte, hospedagem e alimentação para os grupos que vêm de fora da capital”, ressalta a diretora do Instituto Estadual de Artes Cênicas, Ana Froner. A iniciativa faz parte da segunda edição do edital Atos e Cenas do RS, promovido pela Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) através do Instituto Estadual de Artes Cênicas (Ieacen), em parceria com a Fundação Theatro São Pedro e com o apoio do Serviço Social do Comércio do Rio Grande do Sul (Sesc/RS).

Confira os espetáculos selecionados para o mês de julho:

3/7 às 19hRaiz Amarga – Por que essa noite é diferente de todas as outras?, por Grupo Raiz Amarga, de Porto Alegre
Raiz Amarga embaralha memórias da atriz Letícia Schwartz aos testemunhos de sua avó, sobrevivente dos campos de concentração. A montagem, que estreou em setembro de 2023, recebeu recentemente o Prêmio Açorianos de Espetáculo Teatral Adulto, Atriz, Diretor, Dramaturgia e Cenografia.
Classificação indicativa: 14 anos

10/7 às 19hEclipse, por Nina Picoli e Tiago Martinelli, de Bento Gonçalves
As narrativas de pessoas gordas que após anos de uma das invenções criadas socialmente, a gordofobia, descobre seu corpo e a suculência que há nele. Um corpo gordo em cena é capaz de tensionar diversos limites, limites muitas vezes entranhados no imaginário do espectador. Eclipse propõem dividir esse “peso” no olhar artístico social e dialogar sobre as vivências gordas.
Classificação indicativa: 14 anos

17/7 às 19h Artifícios da Virtuose Dissidente, por Rojana, de Santo Antônio da Patrulha
Outras danças necessitam de outros treinos – quem será capaz de hierarquizá-los?
Descobriu-se que pensar a deformação exige ironicamente, considerar a forma. Num exercício coletivo poético-motor de chegar em si, de corpos que se acordam, do desejo enquanto princípio fraterno do destino. Caminhos que aparecem na prática verborreica e corporrágica de estar junte, em associação. Que dança contemporânea é mais contemporânea do que a existente nos corpos que vivenciam o que acontece agora? Longa pergunta.
Classificação indicativa: Livre

24/7 às 19hAxêro, por Grupo Tatá, de Pelotas
Obra de dança-teatro, dirigida por Maria Falkembach e protagonizada por Gessi Könzgen e Jão Cruz revê a história de Pelotas, sob a perspectiva de personagens negras e da cultura milenar africana. Axêro trata da força, da fé, da dor e da superação do preconceito racial na cidade mais negra do RS.
Classificação indicativa: 12 anos

31/7 às 19hMemórias para um menino do ano 2000, por Núcleo de Investigação do Corpo e Tecnologias, de Santa Maria
O espetáculo Memórias para um menino do ano 2000 é uma produção do Núcleo de Investigação do Corpo e Tecnologias. Ambientada em 2070, a obra versa sobre o idoso, abordando as memórias geracionais, a manutenção e a atualização da memória e a luta contra o esquecimento.
Classificação indicativa: 12 anos

Nos próximos meses, outras iniciativas também já foram selecionadas: O que se vê ao fechar os olhos, por Coletivo Íris, de Gravataí; NEGREIROS – Histórias que a História não conta, por Grupo Teatral Leva Eu, de Viamão; NósEntreNós | Ato-Manifesto Censurados; Moúses – Filhas da Memória, por New School Dreams, de Caxias do Sul; Simões Lopes Neto – O encantador de histórias, por Cia de Atores Independentes, de Gravataí; Fragmentos D’Elas, por Coletivo D’Elas, de Garibaldi; Cães, por Outro Dances, de Pelotas; PRETA POESIA FEMININA, por Sílvia D’Arte Produções, de Porto Alegre; Uma viagem fantástica à cidade submersa, por Teatro Natureza, de Tramandaí; Em Chamas, por Centauro Produções, de Porto Alegre.

Post original através de www.jornaldocomercio.com

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