Teatro Engrenagem recebe espetáculo O Violinista Mosca Morta

O Teatro Engrenagem – Trupe Trabalhe Essa Ideia, na Asa Norte, vai receber o espetáculo ‘O Violinista Mosca Morta’ nos dias 13 e 14 de julho. Interpretado por Pedro Caroca, o espetáculo está circulando por quatro cidades de estados diferentes do Brasil. Depois de passar por São Paulo, a peça chega a Brasília.

Com direção de Mafá Nogueira, o espetáculo nasceu de uma oficina de criação de números com José Regino e estreou em 2019. Desde então já realizou dezenas de apresentações em teatros, escolas, festivais presenciais e online no Distrito Federal, Goiás, Paraíba, São Paulo, Ceará, Minas Gerais, Colômbia e Haiti.

Segundo Pedro Caroca, o espetáculo já esteve em muitos lugares e em muito tipos de lugares. “O Violinista Mosca Morta já esteve em assentamento do MST, em salas, pátios e quadras de escolas do campo, em festivais de várias cidades de diferentes estados, em teatro pequenos, médios e grandes. Essa diversidade tem sido essencial pra construção de identidade da obra, porque é um trabalho vivo, a cada apresentação uma nova ideia ou movimento surgem, muito diretamente relacionado à reação da plateia, e quanto mais diversificada é o público, melhor pro fortalecimento da peça”, explica o artista.

Atualmente, o espetáculo está em circulação com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Pedro conta que foi desta forma que foi possível retomar ensaios com o diretor Mafá Nogueira para revisitar o material. “Estamos em cidades em que o espetáculo nunca foi apresentando, trazendo pra bagagem dele novos públicos, como o de São Paulo, primeira cidade do projeto. Agora, em Brasília, vou poder mostrar quase um novo O Violinista Mosca Morta, porque depois de tanto tempo, estrada, experiência, retorno, é de fato um outro espetáculo. E isso nunca para, não importa quando e onde, vai ser uma nova apresentação”, disse.

Com este projeto de circulação, será a primeira vez do espetáculo em São Paulo (SP), Salvador (BA) e João Pessoa, na Paraíba, estado de nascimento de Pedro. “Nasci na Paraíba e morei muito anos em João Pessoa. Vai ser uma experiência incrível estar de volta a minha terra em cima do palco”, lembrou.

Criação do Violinista

O processo de criação do espetáculo começou, em 2018, em uma oficina de criação de números cômicos oferecida gratuitamente pelo grupo Celeiro das Antas, sob comando de José Regino, ator, palhaço e diretor de Brasília. A partir da oficina, Pedro saiu com uma cena de mais ou menos oito minutos, que tinha o mote, o problema e a habilidade: um palhaço que quer apresentar um concerto musica; uma mosca e seu jeito metódico que atrapalham esse objetivo; e a capacidade de tocar violino.

O artista conta que, logo depois, foi selecionado para participar do Festival de Teatro de Ubá, em Minas Gerais. “Me inscrevi como trabalho em processo, e com isso precisava transformar a cena em espetáculo. Foi aí que convidei Mafá Nogueira, da Cia Burlesca, para me ajudar nessa empreitada. Ele conduziu os ensaios, foi trazendo novos elementos na trama, gags, piadas relacionadas ao universo do músico e soluções cênicas. E, nesse festival, FETUBA, estreei”, conta. 

O Violinista Mosca Morta

O espetáculo mostra o palhaço Seu Cocó se esforçando ao máximo para deixar tudo perfeito para seu concerto de violino, no entanto uma mosca e seu mau jeito em manipular os elementos do seu trabalho de músico colaboram para o fracasso de sua performance. Além de zombar de si mesmo, o ator brinca com a figura do músico concertista, tipicamente sério, virtuoso e concentrado. 

A peça também traz reflexões sobre como as manias cotidianas, muitas vezes confundidas com o transtorno obsessivo compulsivo, podem atrapalhar a rotina das pessoas. Além disso, mostra o quanto as pessoas se boicotam e perdem tempo querendo que algo seja perfeito.

Caroca destaca que esse é um espetáculo infantil, mas contempla todos os públicos, de todas as idades. “Existem piadas e situações com camadas que alcançam os pequenos de uma forma, os adultos de outra. Ninguém fica de fora, porque ele foi concebido sem subestimar a inteligência, poética e interpretação da plateia, seja ela qual for”, destaca.

O interprete lembra que O Violinista Mosca Morta já esteve na Escola Bilíngue de Taguatinga, com a plateia toda formada por crianças e adolescentes surdos. “Foi uma das experiências mais incríveis da trajetória do espetáculo, até agora. Todos eles estavam conectados com o Seu Cocó, envolvidos e acompanhado do começo a fim, e participando ativamente”, disse o artista. 

Serviço

Espetáculo O Violinista Mosca Morta

Dias 13 e 14 de julho, às 11h e 16h

Entrada Franca (ingressos no local)

Teatro Engrenagem – Trupe Trabalhe Essa Ideia 

SCLRN 712, Bloco C, Loja 42 – Asa Norte

Classificação Livre

Duração: 50 minutos

Acessibilidade: No dia 13/07 às 16h terá interpretação em Libras e no dia 14/07 às 11h terá serviço de audiodescrição.

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Edição: Márcia Silva