Artistas protestam contra morte de venezuelana em frente ao Teatro Amazonas

Artistas e amigos da venezuelana Julieta Hernández, de 37 anos, assassinada em Presidente Figueiredo – 107 km de Manaus – quando viajava de bicicleta pela rodovia BR- 174, que liga a capital amazonense a Venezuela, fizeram um protesto no Largo de São Sebastião, em frente ao Teatro Amazonas, no Centro de Manaus, neste sábado (6).

Os manifestantes protestaram indignados com a brutalidade da morte da artista circense do grupo Pé Vermei, que percorria o Brasil há 15 anos se apresentando como palhaça Jujuba por onde passava viajando de bicicleta.

Cerca de 50 amigos, artistas e simpatizantes manifestantes ocuparam a Praça São Sebastião diante do teatro, que é o maior símbolo da arte amazonense para chamar a atenção das autoridades para o caso.

O ato em memória da venezuelana no Centro de Manaus foi convocado pelas redes sociais e organizado por artistas, grupos de teatro, circo e artes cênicas. Além de membros de centros culturais e movimentos sociais participaram da ação denominada “Para Sempre #JulietaPresente”.

“Fizemos um ato simbólico pedindo justiça pelo o que aconteceu com a nossa amiga, também falamos palavras de ordem pelo fim do feminicídio no Amazonas. Tudo é muito sensível para a gente e até gatilho mesmo”, disse ao g1, a artista de dança, Jady Castro.

O grupo reuniu ainda a presença de ciclistas e visitantes que estavam presentes durante a ação no Largo de São Sebastião.

“A Julieta era muito conhecida em Manaus, já participei de trabalhos dela, passou em 2023 apresentado espetáculos no Barravento, era uma amiga. Perdemos uma amiga, mas sobretudo uma mulher”, lamentou.