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Festival de Curitiba anuncia venda de ingressos; saiba como comprar | Teatro

Festival de Curitiba anuncia venda de ingressos; saiba como comprar | Teatro

Grande festa do teatro brasileiro, o Festival de Curitiba — maior evento de artes cênicas da América Latina — anuncia nesta segunda (5), a partir das 10h, via site e redes sociais, a programação de sua 32ª edição, que acontece de 25 de março a 7 de abril na capital paranaense. A venda de ingressos para as peças da Mostra Lúcia Camargo, principais atrações do evento, começa na terça, no site do festival.

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Há montagens badaladas entre os 21 espetáculos confirmados até agora. Nos dias 26 e 27 de março, “Agora é que são elas”, escrita e dirigida por Fábio Porchat, estreia no palco lendário do Teatro Guaíra.

Na montagem, Porchat revisita esquetes que apresentava com Paulo Gustavo e Marcus Majella nos tempos em que o trio estudava na Casa das Artes de Laranjeiras, a CAL, tradicional escola de artes cênicas carioca. Maria Clara Gueiros, Júlia Rabello e Priscila Castello Branco estão no elenco.

— Além de ser estreia nacional, é a volta do Porchat dirigindo um espetáculo — comemora Fabiula Passini, que divide a direção do festival com Leandro Knopfholz. — São três grandes atrizes, é uma comédia, é popular, um texto delicioso.

O humorista em cena de ‘Histórias do Porchat’ — Foto: Divulgação

‘A cidade vibra’

O mesmo “Guairão” receberá a montagem de Ernesto Piccolo de “Duetos”, comédia do britânico Peter Quilter sobre as questões modernas dos relacionamentos, com Patricya Travassos e Eduardo Moscovis em cena.

Outro destaque da programação é “O traidor”, peça escrita por Gerald Thomas especialmente para Marco Nanini e que teve apresentações lotadas em São Paulo, onde estreou em novembro do ano passado.

O personagem interpretado pelo ator, de 75 anos, é um homem que “reflete sobre si e seu tempo”, diz a sinopse, conduzindo o público “por uma espécie de fluxo de sua consciência, um delírio psicológico composto por cenas imagéticas e fabulosas”.

— O Festival de Curitiba é de extrema importância para as artes cênicas, especialmente para o teatro — diz Nanini, que vai se apresentar pela quarta vez no festival. — A primeira foi ainda nos anos 1990, com o processo do que viria a ser “O burguês ridículo”. Depois, voltei com “A arte e a maneira de pedir um aumento” e “Beije minha lápide”. Foram sessões quentes, cheias de energia. O público curitibano ama o festival, a cidade vibra com ele. Tem quase dez anos que não volto, a última vez foi em 2015, já está mais do que na hora.

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“Sagração”, o novo espetáculo da Companhia de Dança Deborah Colker; “Cabaré coragem”, do Grupo Galpão; “Macacos”, da Companhia do Sal; e “Manifesto transpofágico”, do coletivo paulistano Corpo Rastreado, estão entre os outros títulos que compõem a programação da Mostra Lúcia Camargo.

Fabiula Passini também destaca a a estreia do musical tragicômico “O fantasma de Friedrich — Uma pop ópera punk”, da companhia curitibana Bife Seco.

— O legal dessa companhia é que é voltada para o público jovem. É muito legal ver essa preocupação das companhias, porque se pensa muito no teatro pra infância e no teatro adulto, e a gente tem uma lacuna aí para uma idade que não é muito pensada. É uma companhia muito reconhecida aqui em Curitiba — explica a diretora.

De todo o Brasil

Passini também adianta que, neste ano, pela primeira vez, produções de todas as cinco regiões do Brasil estarão na programação do festival.

A inclusão de três peças do Amazonas — “Cabaret Chinelo”, “Ritual Üphü” (criada por artistas indígenas) e “Sobre ser grande” — é motivo de orgulho para a organização do evento.

— É uma coisa que a gente nunca havia conseguido. É muito difícil que as companhias venham até aqui pelo “custo amazônico”, como chamamos — afirma Passini.

Além do Guaíra, espaços como o Sesc da Esquina, o Palácio Garibaldi e o Museu Paranaense abrigarão as atrações do festival.

Paralelamente à programação principal, haverá, ainda, produções independentes na Fringe, uma mostra livre que apoia projetos não contemplados na programação oficial.

Inaugurada por aqui em 1998, a iniciativa foi inspirada na mostra homônima que surgiu na Escócia, em 1947, quando companhias não contempladas na programação do Festival Internacional de Edimburgo criaram um evento paralelo.

Post original através de oglobo.globo.com

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