‘Tinha uma dificuldade em me enxergar’

Aline Deluna estrela o musical Josephine Baker – A Vênus Negra, que está em cartaz na cena teatral há sete anos. Em entrevista à Contigo!, a atriz fala sobre estrelar o espetáculo, entrega inspiração por Zezé Motta e revela novos projetos no cinema, além de refletir sobre representatividade em cima dos palcos: “‘Tinha uma dificuldade em me enxergar“.

“A Josephine Baker foi a primeira popstar negra reconhecida no mundo. Fiquei apaixonada pela história, porque é uma mulher faz uma trajetória como artista e na miltância pela luta dos direitos. Ela era uma menina negra que tinha a pele mais clara, então ela passou por lugares de quererem escurescer ou clareá-la. Me identifiquei com isso“, declara Aline Deluna sobre o espetáculo, que está em circuito do Sesc pelo Rio de Janeiro.

“Quando era pequena, a Zezé Motta me inspirava muito, porque ela tem a mesma energia da Josephine Baker. Essa coisa de furacão de mulher com um sorrisão gigante. Tive muitas inspirações, mas tinha uma dificuldade de me enxergar em algum lugar por ter a pele clara e os traços pretos. Não conseguia olhar alguém na tela e achar que poderia estar no lugar daquela pessoa. Não conseguia fazer essa identificação, mas sabia que queria estar ali”, acrescenta a atriz.

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Com planos para voltar para São Paulo com a peça após a temporada no Rio de Janeiro, Aline Deluna ainda revela seus novos projetos no cinema e na música: “Tem um longa que entrou em várias plataformas que protagonizei como Manoela, uma paleontóloga que vai pesquisar um fóssil em uma ilha na Bahia. Participei da série Cilada, que entrou no Globoplay. Na música, tem um ábum que está em fase de mixagem com músicas da Josephine Baker. Na peça, a gente trouxe gravações de 1920 que nunca foram regravadas. Então, a gente se animou. Até o final do ano deve sair”.